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A proposta do Taru Andé nasceu a partir das minhas vivências e estudos realizados na Fundação Peirópolis de Educação em Valores Humanos em Uberaba/MG, durante os anos de 1995 a 2010. Foi nesse tempo e espaço que, como aluna, professora e posteriormente coordenadora, retomei o encantamento pela Educação. Por anos tive o privilégio de conviver e aprender com professores incríveis, que me ensinaram mais sobre mim, sobre o mundo e como estar no mundo, entre tantos: Carlos Rodrigues Brandão, Ubiratan D’Ambrosio, Lia Diskin, Cristina Alessandrini, Lama Padma Samten, Kaka Werá Jecupé, Annie Rottenstein, Regina Migliori, Rosa Viana, Daniel Munduruku, Ailton Krenak, Marilu Martinelli, Walmir Cardoso, Walmir Cedotti, Bia Esteves, Edmundo Pelizzari, Roberto Crema, Juarez Tadeu. Nesse tempo, através de uma abordagem transdisciplinar inovadora e contemporânea de formação continuada fui tocada em todas as minhas dimensões: biológica, racional, lógica, criativa, intuitiva, emocional, social, cultural, planetária, cósmica e espiritual. O currículo incorporava processos terapêuticos, consciência corporal, astronomia, física quântica, tradições espirituais com representantes legítimos, vivencias na natureza, meditação e, nesse processo intenso e profundo, o objeto de conhecimento era EU mesma.

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“De que serve todo o conhecimento para a conquista do mundo exterior se o homem não pode compreender a sua própria natureza intima?” Sai Baba

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Esse contato me proporcionou uma visão mais ampla e sistêmica da complexidade da vida, me tirou do mundo das certezas absolutas e da previsibilidade, me ensinou que o caos é parte da ordem e que as relações são construídas na presença, na totalidade, no não julgamento.

Através desse processo percebi que eu estava perdida num labirinto, reproduzindo uma EDUCAÇÃO que priorizava o conhecimento externo, confinada à conquista acadêmica e que o propósito era somente preparar o aluno para o mercado de trabalho através de uma educação dissociada da sacralidade da vida e desconectada da realidade. Me percebi traindo a mim mesma. Essa não era a educação que eu acreditava. Mas, diante de todas as transformações, todos os conceitos que foram revistos, o que fazer para promover a retidão, desenvolver o caráter, estimular o respeito ao diferente, melhorar a convivência e fazer do mundo um lugar melhor para se viver através do lugar que eu ocupava na Educação?

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A confusão e a desordem atual em nosso mundo provêm da confusão e desordem nos indivíduos e é neles que a transformação do mundo precisa começar.

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A escola é o lugar, por excelência, destinado à transformação pessoal. Porem, não é somente o número de instituições ou de livros que garantem a qualidade do ensino. Para uma educação de qualidade, acima de tudo, é necessário a presença de um/a professor/a que além de uma formação adequada, seja centrado/a, equilibrado/a e que tenha conhecimento de seus/as alunos/as.

Conectando as ideias e ideais e, elaborando atividades que criassem rizomas de comunicabilidade entre as dimensões do Ser Humano, surgiu a proposta do Taru Andé, uma proposta em Educação em Valores Humanos, não exatamente  na grandeza com que me foi apresentada, mas na singeleza do essencial para uma transformação pessoal que conduza à construção do novo homem, o hommo ethics, o homem que tem consciência, que reconhece a interdependência fundamental de todos os fenômenos.

O Tarú Andé e tantos outros centros de consciência que nas últimas décadas surgiram pelo planeta, existe para o despertar desse novo HOMEM. Um homem de uma nova Ética que está emergindo, com a visão ECOCENTRICA – centrada na Terra e em todas as formas de vida. Então, esse homem que tem consciência de ter consciência se saberá parte de um todo maior, se reconhecerá como apenas um fio particular na teia da vida.

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